martes, 27 de marzo de 2007

A CUBA



Estivemos em Cuba em busca de alento para nossos sentimentos. Era verdade o que se dizia; lá povo é um composto de coragem e ousadia. Não se entrega nem desanima, anda de cabeça erguida demonstrando auto-estima.
A quem vai a princípio a surpresa é instigante, pergunta-se sobre o grande comandante que, embora o tempo lhe tenha tirado da face a juventude, comporta-se como um guerrilheiro, move-se o tempo inteiro e aparenta boa saúde.
O que vimos ali com o que temos aqui não se compara, o povo segue fielmente os ensinamentos de Martí e Che Guevara. Convencidos, não pensam o contrário; empenham-se no trabalho voluntário.
Os camponeses têm consciência da missão e produzem alimentos para toda a nação. Misturam ideologia e sentimento; há uma estátua de Martí em cada assentamento. Exposto em uma praça florida; assim se percebe que a ideologia tem vida.
Como um menino Fidel passeia entre o povo, é o velho guerrilheiro que encarna as qualidades sonhadas do homem novo. Com sua farda verde oliva demonstra confiança, não descansa, anda e abraça com simplicidade, apesar de sua idade.
Perdeu a maciez da pele e a robustez das pernas que o fazem andar mais lento, mas não demonstra fraqueza nem temor, é querido pelo povo por ser este lutador, que, não se pára de falar do socialismo, enquanto sem trégua combate o imperialismo.
Não há propagandas de mercadorias, nas ruas se respira ideologia. Todos sabem em qualquer idade o que é a revolução e a ela se dedicam com paixão.
Em Santa Clara está o Che descansando no memorial com mais 38 guerrilheiros postos em forma, onde ele é o comandante. A arquitetura é feita como se eles descansassem para seguir adiante.
Os valores estão em toda parte, comprova-se de fato que a revolução é uma arte. As proporções entre nós são diferentes e mudam a consistência, lá o país é pequeno mas o povo é a potência. Aqui o país é imenso mas pequena é a consciência.
O que dizer para aqueles que criticam? Que o socialismo de lá é cheio de defeitos? Para quem quer mordomias, de fato em Cuba não tem jeito. Não cabe lá a “democracia” daqui com suas injustiças astronômicas, lá o povo tem o básico e não vota em máquinas eletrônicas. Nem por isso deixa de ser feliz, participa ativamente da defesa do país. Quer mais democracia que isto?
Aos que lá vão e voltam criticando, é sinal que estão se petrificando.
Quanto a nós, dizemos sem constrangimento que Cuba representa um farol neste momento. Aceso no meio do oceano, nas barbas do Tio Sam expondo sua ousadia, é sinal que aquele povo se alimenta de utopia.
Resumindo, pode-se dizer livremente sem apertos: fomos a cuba, não vimos erro algum; estavam escondidos atrás dos acertos.
Pátria ou morte! Venceremos! Não são palavras vazias, são atitudes e valores em construção que somente as entende quem vive em uma revolução.


A . Bogo

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