jueves, 22 de marzo de 2007

PARA SERMOS IGUAIS


Para ver-nos nas flores, façamos os jardins. Eles crescerão na alma das futuras gerações, que repetirão em canções as intenções plantadas; como as rosas rosadas que espelham as paixões.
Para ver-nos nas águas, preservemos os rios. Eles são os trilhos que multiplicarão os filhos de todas as espécies. Com os bens naturais é preciso fazer mais, assumir o seu cuidado. As empresas multinacionais entram cada vez mais, no coração das águas para controlarem os passos da vida. Com sofisticadas redes prendem os direitos, fazendo de quem da terra é seu sujeito, beber a própria sede.
Para ver-nos nas árvores, preservemos as florestas. Elas garantirão para cada geração a recompensa: cuidar de suas doenças e purificar o ar. Ajudarão a molhar e evitar os desertos que já estão bem perto. Só no Brasil, ficamos envergonhados, a saber que já chegam 574 Km2.
Para termos, o pão preservemos a terra. Ela é a mão que alimenta oferecendo a cada boca suas colheitas. A erosão, a contaminação o fogo e a má utilização dos recursos naturais, já fazem a cada hora uma espécie ir embora, de flores, ervas, insetos ou de animais. E para nunca mais.
Para ouvirmos um canto, preservemos os passarinhos. Eles sempre dizem de seu jeito, que o maior tesouro, do homem ou do touro, está no próprio peito. Não é o coração mas a força da paixão que move a tempestade da vontade de voar, e ao mesmo tempo de cantar. O pássaro não engana; por ser qualificado, aplica o ditado de “assobiar e chupar cana”.
Para ganharmos um beijo, preservemos o homem e a mulher. É a única possibilidade de dizer que a vontade de amar triunfará. Preservemos o olhar para poder andar. Preservemos o amor para zelar da flor. E preservemos a verdade para que vingue a solidariedade.
Como é difícil provar que o futuro se constrói pelo presente! Que, quem aqui está, nada mais fará que lutar para preservar o que se tem, que tomamos emprestado das gerações que vem. Todas nascem pacíficas e controladas, mas se obrigam a lutar para consertar o que, os que passam primeiro, como em fim de festa, sujam o espaço inteiro.
Quem nasce acha seu espaço já virado, por àqueles que não souberam comportar-se no presente ou no passado.
O imperialismo destrói e impõe normas para que as sobras dos rios se tornem grandes negócios. Já não se coloca como sócio, quer ser proprietário da água onde ela estiver. Por isso dizem que o FMI, recomenda às nações que acelerem as privatizações de todos os mananciais. Isso é demais!
Dizem que estratégico é investir na indústria, no petróleo e em tecnologias. Mas as conseqüências por todos conhecidas é que: uma nação sem água e sem comida, não terá sua descendência repetida. Estratégico mesmo é investir na vida.
“Quem semeia ventos, colhe tempestades”. Ainda falta revelar-se totalmente esta verdade. Façamos alguma coisa, ainda sobra da vida, pelo menos a metade.



A . Bogo

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