domingo, 4 de marzo de 2007

A Rosa

A Rosa, foi tirada da terra e jogada na vala!
Os próprios que viam sua firmeza,
conviviam com sua beleza.
Conheciam a força do seu espinho
ajudaram a cortá-la
encurtaram seu caminho.

A Rosa, não cresceu reta!
Sofreu as conseqüências de suas condições
nasceu em terreno sem fertilidade,
mas fertilizou os que a tocaram
inspirou os que a enxergaram
deu vida e disposição para sua geração.

A Rosa sabia que tudo tinha para mudar!
Não imaginava, entretanto, que os que a rondavam
chegaria um dia a entregá-la
em uma bandeja, sem prata
para os coveiros da desgraça.
Os mesmos que sempre tentarão matar a transformação.

A Rosa abatida em sua terra!
Murchou ao ver o erro da guerra
e ali foi encarcerada.
Mesmo despetalada denunciou a propriedade privada.
Nutriu-se do alegre sonho da mudança,
que sempre marcou sua jornada

A Rosa se desviou dos pés da opressão!
Enfrentou a repressão
Disse não aos poderosos
Negou reformas impotentes
Mostrou novamente a saída
Apostou na Revolução.

A Rosa caiu em pleno solo do capital poderoso!
Nunca se desligou da terra
Voando mais alto que as águias
Sabia que era outra sua batalha
Soube voar bem rasteira
Tinha a crítica em uma mão e na outra sua irreverente ação.

A Rosa ainda está viva!
cada jardim e canteiro
cada impasse da luta de classes
cada trabalhador explorado
cada espaço para aprendizagem
cultiva a rosa da verdade.

Hoje a Rosa é lembrada!
É o milagre real do conhecimento.
Está presente nos livros, nas idéias, na formação.
Só podemos lembrar orgulhosos,
que enquanto a ação for crítica, histórica, libertadora
brotará a sociedade pela qual morreu nossa Rosa lutadora.



Eduardo Alves

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