martes, 17 de abril de 2007

VERDADES JÁ APRENDIDAS

Não diga que é preciso organizar o povo
Nem que os Bancos exploram o cidadão
Que a água não pode ser privatizada
E o caminho é a revolução.
Que a terra está entregue ao latifúndio
A renda está muito concentrada
O governo é conivente com o império
Que as idéias socialistas não estão superadas.
Que a soberania está quase perdida
O desemprego é irreversível
O homem está irreconhecível
Porque o consumismo já o venceu.
Que há milhões de indigentes pelas ruas
A fome come a vida das crianças
O povo perdeu as referências
A mídia atenta contra a inteligência
E a esquerda se rendeu.
Não diga que A globalização não é coisa do presente
Que a “elite” é inconseqüente
Os governos de esquerda são incoerentes
E o império já domina a humanidade.
Que o problema do povo é a propriedade
Que a riqueza é a fonte da violência
E que é preciso elevar a consciência.
São verdades talvez muito batidas
Que sem ação podem perder a própria vida.
Não. Não diga nada!
Pergunte se há um caminho... uma estrada?
Se está disposto a alinhar os passos
E convencido a descruzar os braços
Para agarrar com força a solução?
Pergunte o que é a revolução?
Porque é chegado o momento
Onde as palavras já não servem como exemplo.
Entenda de uma vez:
Que a dominação e a liberdade podem ter a mesma idade.
Há momentos em que uma só olhada
Organiza uma longa caminhada
E incendeia o coração dos que já não se queixam.
Acredite que tudo guarda uma força interna
Que as injustiças não conseguem ser eternas
Simplesmente porque os revolucionários não deixam.

A. Bogo

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